Nova Chevrolet Captiva inicia pré-venda na Argentina com versão híbrida plug-in; Brasil deve receber modelo 100% elétrico

A Chevrolet deu início, nesta semana, à pré-venda da nova geração da Captiva na Argentina, marcando o retorno do SUV médio à linha sul-americana da marca. O modelo estreia no país vizinho em uma configuração híbrida plug-in (PHEV), enquanto o Brasil deve receber uma versão totalmente elétrica (EV). A diferença de motorização reflete as distintas estratégias da montadora para cada mercado da região.

De acordo com informações divulgadas pela General Motors e publicadas pelo site Noticias Automotivas, a nova Captiva PHEV já pode ser reservada por meio do site oficial da Chevrolet Argentina. O lançamento comercial está previsto para ocorrer ainda no quarto trimestre de 2025.

Motorização híbrida e desempenho

A Captiva PHEV argentina combina um motor a combustão 1.5 de quatro cilindros com um motor elétrico de 204 cv e 31,5 kgfm de torque. O conjunto é alimentado por uma bateria de aproximadamente 20 kWh, que garante autonomia de até 80 quilômetros em modo totalmente elétrico.

Segundo dados preliminares da montadora, o alcance total do veículo pode ultrapassar 1.000 quilômetros quando combinados o uso do motor a combustão e o sistema elétrico. O SUV mantém porte robusto, com 4,74 metros de comprimento, 1,89 m de largura e entre-eixos de 2,80 m, dimensões próximas às do Jeep Compass e do Toyota Corolla Cross.

A recarga completa da bateria, em tomadas residenciais, deve levar cerca de seis horas, podendo cair para menos da metade em carregadores rápidos — recurso que começa a se popularizar nas principais cidades argentinas.

Versão brasileira será elétrica

Enquanto a Argentina aposta na tecnologia híbrida, o Brasil deve receber apenas a versão elétrica da nova Captiva, segundo o portal Motor1. A decisão está alinhada à estratégia de eletrificação gradual da Chevrolet no país, que prevê a ampliação da gama de modelos elétricos até 2026.

A versão elétrica (EV) deverá usar a mesma base estrutural da Captiva PHEV, mas equipada com um motor 100% elétrico e baterias de maior capacidade, o que deve proporcionar autonomia entre 400 e 500 quilômetros, dependendo do ciclo de medição adotado.

Ainda não há confirmação oficial sobre preços, mas estimativas do setor apontam que o modelo pode ser posicionado entre R$ 220 mil e R$ 280 mil, disputando espaço com BYD Song Plus, GWM Haval H6 e Toyota Corolla Cross Hybrid.

Design e equipamentos

A nova Captiva adota o visual global atualizado da Chevrolet, com frente imponente, faróis afilados e assinatura luminosa em LED. O interior traz acabamento aprimorado e central multimídia flutuante, com integração ao sistema MyLink e conectividade sem fio com Android Auto e Apple CarPlay.

Entre os itens esperados para a versão brasileira estão painel digital completo, ar-condicionado automático dual zone, câmera 360° e pacote de assistências semiautônomas, como alerta de colisão, frenagem automática de emergência e controle adaptativo de cruzeiro.

Chevrolet aposta em nova fase para o SUV

O retorno da Captiva marca uma nova etapa para a Chevrolet na América do Sul. O modelo, que foi um dos SUVs mais vendidos no Brasil nos anos 2000, havia sido descontinuado em 2018. Agora, volta completamente reformulado e com tecnologias de propulsão limpa — em sintonia com a tendência global da indústria automotiva.

Com o avanço dos veículos elétricos e híbridos na região, a GM busca consolidar uma linha mais sustentável, aproveitando a boa aceitação do público sul-americano por SUVs médios. A Captiva, portanto, chega com a missão de reconquistar o espaço perdido e competir em um segmento cada vez mais tecnológico.
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