A Renault apresentou nesta quarta-feira (8) o novo Kwid E-Tech 2025, versão totalmente reestilizada do compacto elétrico que chega para disputar espaço diretamente com o BYD Dolphin Mini, atual líder do segmento de entrada entre os elétricos no Brasil. O modelo ganhou um visual mais moderno, inspirado no Dacia Spring – sua versão europeia – e passa a oferecer melhorias importantes em design, tecnologia e segurança.
O novo Kwid E-Tech exibe uma dianteira completamente redesenhada, com grade preta em alto-relevo substituindo o antigo acabamento cromado. Os faróis agora trazem luzes diurnas em LED no formato de “Y”, enquanto a traseira adota lanternas interligadas por uma faixa horizontal preta, detalhe inspirado na nova geração do Duster europeu. As novas rodas de liga leve aro 14 completam o visual renovado, conferindo ao compacto uma aparência mais robusta e contemporânea.
Apesar das transformações visuais, o conjunto mecânico foi mantido. O modelo segue equipado com motor elétrico de 65 cv e 11,5 kgfm de torque, capaz de acelerar de 0 a 100 km/h em 14,6 segundos e atingir velocidade máxima de 130 km/h. A novidade está no novo câmbio e-shifter, que permite selecionar as funções “Drive”, “Neutro” e “Ré” com um simples toque na alavanca.
A bateria de íons de lítio de 26,8 kWh garante autonomia de até 180 km, segundo o ciclo Inmetro. O carregamento pode ser feito em tomadas residenciais de 220V, levando cerca de 9 horas para recarregar de 20% a 80%. Com um Wallbox de 7 kW, o tempo cai para 3 horas, e em pontos de recarga rápida, o processo pode levar apenas 45 minutos.
Com o novo design, mais tecnologia e recursos de segurança inéditos, o Kwid E-Tech 2025 reforça a estratégia da Renault de manter presença forte entre os elétricos urbanos, oferecendo um modelo acessível, eficiente e conectado para o público brasileiro.
Renault Kwid E-Tech 2026: o compacto elétrico evoluiu, mas ainda divide opiniões
A nova geração do Renault Kwid E-Tech 2026 chega ao mercado com a promessa de consolidar o modelo como o elétrico de entrada mais acessível do Brasil. Reestilizado e mais sofisticado, o hatch urbano tenta equilibrar preço, tecnologia e eficiência num momento em que a concorrência chinesa — liderada por marcas como BYD e GWM — pressiona fortemente as montadoras tradicionais. Apesar das inovações, o modelo ainda desperta dúvidas quanto à sua autonomia e desempenho.
Por dentro, a evolução é notável. O acabamento está mais caprichado, com melhores materiais plásticos, painel digital colorido de 7 polegadas, volante multifuncional e uma nova central multimídia flutuante de 10” com conectividade sem fio para Android Auto e Apple CarPlay. Esses elementos ajudam a posicionar o Kwid E-Tech em um patamar acima de sua antiga versão e até de alguns concorrentes a combustão na mesma faixa de preço.
Desempenho e autonomia: equilíbrio entre cidade e eficiênciaA bateria de 26,8 kWh oferece autonomia de até 180 km (ciclo Inmetro). É uma distância adequada para o uso diário na cidade, mas limitada para viagens mais longas. Ainda que o tempo de recarga em tomada doméstica (9 horas) ou Wallbox (3 horas) seja razoável, a ausência de um sistema de recarga ultrarrápida coloca o modelo em desvantagem frente a concorrentes como o BYD Dolphin Mini, que entrega mais potência e autonomia superior por um preço não muito distante.
Por outro lado, o valor ainda é alto para a maioria dos consumidores brasileiros, sobretudo quando se compara o carro a modelos a combustão equivalentes — como o próprio Kwid 1.0 ou o Fiat Mobi — que custam menos da metade do preço.
A Renault conseguiu dar maturidade ao seu elétrico de entrada — mas, para que ele conquiste o público em larga escala, ainda será preciso equilibrar custo, desempenho e autonomia frente à crescente concorrência chinesa.




