BYD Atto 8 vs. GWM Wey 07: qual SUV híbrido de luxo vale mais a compra?

 

A briga ficou séria no segmento dos híbridos plug-in grandalhões. Até pouco tempo, o GWM Wey 07 reinava praticamente sozinho entre os SUVs híbridos de luxo acima de cinco lugares na faixa dos R$ 400 mil. Só que a BYD chegou com o Atto 8 e bagunçou o coreto: custa R$ 400 mil — R$ 30 mil a menos que o rival — e ainda leva sete ocupantes, enquanto o Wey acomoda seis. Mas será que só preço define essa disputa? Vamos por partes.


Motorização e desempenho

Aqui temos dois gigantes fortes e bem parecidos na proposta. Ambos usam motor 1.5 turbo a gasolina casado com dois motores elétricos — um em cada eixo — garantindo tração integral o tempo todo.

O Atto 8 entrega 488 cv e 71,5 mkgf de torque, enquanto o Wey 07 sobe um degrau: 517 cv e mais de 82 mkgf. Mesmo assim, na prática, a arrancada é idêntica. Os dois fazem de 0 a 100 km/h em 4,9 segundos. A única diferença real está na velocidade final: o BYD chega a 200 km/h, contra 190 km/h do GWM (ambos limitados eletronicamente).


Autonomia e recarga

Aí entra aquela velha história: depende do que você quer.

  • GWM Wey 07: leva vantagem no tamanho das baterias (42,5 kWh) e na autonomia elétrica (201 km).

  • BYD Atto 8: ganha no carregamento rápido. Recupera de 30% a 80% em 20 minutos — seis a menos que o rival — graças à recarga de 72 kW (contra 60 kW do GWM).

Se o interesse é rodar longos trechos só no elétrico, o Wey 07 entrega mais. Se a ideia é praticidade na tomada rápida, o Atto 8 dá o troco.


Espaço interno e porta-malas

O GWM joga no time dos grandões: são 5,15 m de comprimento e 3,05 m de entre-eixos. O Atto 8 vem menor, com 4,95 m e 2,95 m.

Isso se reflete dentro:

  • Wey 07: configuração 2+2+2, com seis lugares e mais folga individual.

  • Atto 8: configuração 2+3+2, levando sete pessoas — mais gente em menos espaço.

Porta-malas também muda conforme a montagem:

  • Todos os lugares armados: BYD leva 270 litros; GWM fica com 239 litros.

  • Terceira fileira rebatida: Wey dispara com 1.040 litros; Atto 8 fecha em 960 litros.


Equipamentos de série

Aqui não tem economia. Os dois vêm entupidos de tecnologia:

  • Faróis full-LED

  • Câmeras 360°

  • Park Assist

  • Teto-solar panorâmico

  • Som premium

  • Ajustes elétricos e massagem nos bancos

  • Ar trizone com saída para as três fileiras

  • Rodas aro 21

  • Pacote ADAS completíssimo com ACC, frenagem autônoma, alerta de colisão, permanência de faixa, detector de fadiga e mais

Mas cada um traz seus mimos exclusivos:

GWM Wey 07:

  • Painel de 12,3”

  • Volante aquecido

  • Reconhecimento facial

  • E um detalhe que ninguém esquece: o console com “geladeira/forninho”

BYD Atto 8:

  • Multimídia gigante de 15,6”

  • Suspensão com amortecedores ativos

  • Nove airbags (vs. seis do GWM)


E aí, quem leva?

Se a compra for guiada por valor e custo-benefício, o BYD Atto 8 sai na frente: é mais barato, oferece sete lugares e traz mais itens de segurança passiva.

Agora, se o foco é conforto puro, mais espaço individual e maior autonomia elétrica, o GWM Wey 07 é mais refinado e entrega uma experiência mais próxima do segmento premium tradicional.

No fim das contas, é aquele duelo clássico:
Atto 8 = mais carro pelo dinheiro.
Wey 07 = mais luxo e espaço.

Postagem Anterior Próxima Postagem