Como era esperado, as marcas chinesas assumiram posição de destaque no Salão Internacional do Automóvel de São Paulo, realizado em novembro passado. Todas se empenharam em trazer seus modelos já conhecidos no mercado e também aproveitaram para mostrar novidades, todas cheias de requinte e tecnologia.
Mas em questão de capacidade tecnológica, dá pra dizer que a GAC foi uma das que mais caprichou ao levar para o Salão seu primeiro carro voador, o GOVY AirCab, modelo que veio ao país exclusivamente para exibição no evento.
Revelado pela primeira vez no Salão Internacional do Automóvel e Expo da Cadeia de Suprimentos de Hong Kong 2025, o GOVY AirCab tem muita importância para a marca, pois confirma sua entrada oficial na mobilidade aérea, com foco na integração do transporte terrestre e aéreo.
Tirando o natural apelo do marketing GAC – que o divulga como um carro voador do futuro – o GOVY AirCab é um modelo eVTOL (electric Vertical Take-Off and Landing), com a estrutura de uma aeronave elétrica de decolagem e aterrissagem vertical amplamente desenvolvida atualmente. Como os demais, é projetado para mobilidade urbana, capaz de decolar e pousar como os helicópteros, só que são impulsionados por motores elétricos com pequenas hélices, silenciosos e sustentáveis. No caso dele, são 06 conjuntos com rotores superiores (com duas hélices cada, como se fosse um “drone gigante”).
Ele conta com baterias cilíndricas de alta densidade e suporta carregamento rápido completo em 30 minutos, o mesmo tempo de sua autonomia de voo. A cabine é equipada com conectividade 5G, assistente inteligente, controle de temperatura, sistema de fragrâncias, som ambiente e espaço para apenas duas pessoas. Chamativo por natureza, ainda consegue provocar um pouco mais com suas portas asas de gaivota, como do modelo de luxo Hyptec HT Ultra, que é vendido no Brasil. Toda a estrutura é composta por mais de 90% de fibra de carbono aeroespacial, o que garante redução de peso superior a 30%.
Outro detalhe importante: o GOVY AirCab é equipado com sistema de condução autônoma de Nível 4 e tem capacidade de processamento superior a 500 TOPS (tera operations per second) e alcance de detecção de até 300 metros. Ou seja, não tem comandos para um o piloto a bordo. No quesito segurança, reúne navegação, monitoramento contínuo, auto verificação baseada em nuvem e precisão de trajetória com margem de erro inferior a 0.1 grau. Em caso de falha de propulsão, o design permite a separação entre cabine e chassi, garantindo um pouso controlado.
