A marca Aima informou ao Auto ND1 nesta segunda-feira (08) que as informações sobre o A05 serão divulgadas “a partir de fevereiro”, sinalizando que o minicarro elétrico chinês segue em preparação para o lançamento no Brasil.
A empresa atua hoje apenas com motos, bicicletas e scooters elétricas no país, o que torna a resposta um indicativo de avanço no projeto automotivo.
A sinalização ocorre meses após representantes da Aima mencionarem, em eventos internacionais, a intenção de oferecer o A05 no mercado brasileiro a partir de 2026.
O modelo é tratado como alternativa de baixo custo para deslocamentos urbanos curtos e depende de homologação e definição comercial antes do início das vendas.
Modelo será primeiro veículo de quatro rodas da marca no país
A Aima está presente há cerca de oito anos no mercado brasileiro com soluções de mobilidade elétrica de duas rodas.
A menção explícita ao carro, e não às motocicletas, ao responder ao Portal iG contrasta com a linha atual da empresa e reforça que o A05 segue no planejamento.
Segundo informações técnicas já divulgadas no exterior, o minicarro tem 2,61 metros de comprimento, 825 quilos de peso, capacidade para três ocupantes e carga útil de até 400 quilos.
O conjunto utiliza motor elétrico assíncrono de 3,2 kW e bateria de cerca de 7 kWh, com autonomia entre 55 e 60 quilômetros por recarga.
O preço estimado, caso mantido para o Brasil, varia entre R$ 47 mil e R$ 49 mil, o que posicionaria o A05 entre os veículos elétricos mais acessíveis do país e próximo do valor de scooters elétricas premium.
A estratégia visa atender consumidores interessados em cabine fechada e proteção climática, mas que circulam diariamente em trajetos curtos.
Desempenho urbano e desafios de enquadramento regulatório
A velocidade máxima declarada do A05 é de 45 quilômetros por hora, o que levanta dúvidas sobre a liberação para vias com tráfego superior.
O enquadramento regulatório ainda não foi detalhado e deve influenciar diretamente o alcance comercial do minicarro.
Em situações semelhantes na Europa, microveículos operam com regras específicas de circulação, limites de vias autorizadas e exigências diferenciadas para habilitação.
No Brasil, órgãos de trânsito precisarão definir como o modelo será classificado dentro da legislação vigente ou se haverá necessidade de ajustes normativos.
O desempenho anunciado reforça o foco em deslocamentos curtos, como áreas centrais, bairros residenciais e percursos previsíveis de baixa velocidade.
A aplicação do modelo em vias rápidas ou corredores de fluxo intenso é improvável sem regramento complementar.
Impacto potencial e próximos passos para o mercado brasileiro
Se confirmado para 2026, o A05 pode atrair usuários que hoje utilizam motos, scooters ou triciclos elétricos, oferecendo uma solução de mobilidade fechada com custo operacional reduzido.
O impacto direto tende a ocorrer em nichos como entregas leves, serviços urbanos de curta distância e famílias que buscam um segundo veículo exclusivo para a cidade.
Três fatores devem definir o futuro do modelo no Brasil:
- 1) homologação e limites de circulação;
- 2) relação de custo-benefício frente a motocicletas e carros compactos;
- 3) capacidade da Aima de estruturar uma rede de pós-venda automotiva.
A empresa prevê divulgar as informações oficiais a partir de fevereiro, prazo que deve incluir posicionamento comercial, detalhes técnicos finais e cronograma para o lançamento em 2026.
