Design frontal: duas opções para agradar gostos distintos
A grande novidade da nova geração é a possibilidade de escolha da dianteira, algo pouco comum em SUVs de médio e grande porte. Uma das opções mantém a identidade tradicional do Tiggo 8, com faróis integrados à parte superior da carroceria e uma grade octogonal de grande proporção, cuja geometria lembra discretamente algumas marcas alemãs.
A segunda opção segue a tendência dos faróis divididos, muito utilizada em modelos recentes asiáticos. A assinatura em LED fica na parte superior, enquanto os canhões de iluminação ocupam a região inferior. A grade, mais arredondada, mantém o padrão de diamantes e dimensões generosas do modelo. Já a traseira adota soluções mais convencionais: lanternas interligadas, placa no para-choque e tampa limpa, seguindo a receita de SUVs modernos asiáticos.
Interior minimalista e tecnológico
Embora o interior completo ainda não tenha sido divulgado, espera-se que ele mantenha o estilo minimalista e tecnológico do Tiggo 8 Pro brasileiro. O modelo nacional conta com um conjunto de telas curvas de 24,6 polegadas, integrando painel de instrumentos e central multimídia em uma peça única. É provável que a versão chinesa explore soluções semelhantes, com poucos botões físicos, interfaces digitais avançadas e recursos de conectividade para sistemas de entretenimento e assistência ao condutor.
Dimensões e espaço interno
As dimensões da nova geração na China foram ampliadas: 4,75 m de comprimento, 1,88 m de largura e 1,71 m de altura, tornando o modelo 27 mm mais longo, 20 mm mais largo e 35 mm mais baixo que o Tiggo 8 brasileiro. O entre-eixos passou de 2,71 m para 2,83 m, garantindo mais conforto aos ocupantes.
No entanto, a configuração de assentos mudou: embora o SUV tenha crescido, não há mais opção para sete passageiros, transferindo essa função para outro modelo da marca, semelhante à estratégia aplicada pela Volkswagen com o Tiguan de nova geração.
Motorização ainda não confirmada, mas promessa de potência
A Chery não divulgou detalhes sobre a motorização da nova geração, mas é esperado que o powertrain seja mais potente, acompanhando o posicionamento premium do veículo. Atualmente, o Tiggo 8 Pro brasileiro oferece duas opções:
- Motor 1.6 turbo a gasolina, 180 cv e 28 kgfm, com câmbio automático de dupla embreagem de 7 marchas.
- Motor 1.5 turbo a gasolina combinado com dois motores elétricos, entregando 317 cv e 56,6 kgfm de torque, já no formato híbrido.
A expectativa é que a nova geração chinesa receba melhorias nesses conjuntos, possivelmente com versões híbridas ou elétricas mais potentes, acompanhando tendências globais de eletrificação e eficiência.
Estratégia de mercado e posicionamento
A Chery busca consolidar o Tiggo 8 como referência em SUVs médios-premium, tanto na China quanto em outros mercados internacionais. A variedade de versões permite atender a diferentes perfis de consumidor, desde aqueles que priorizam estilo e tecnologia até quem busca maior performance e conforto.
Além disso, a possibilidade de escolha entre duas dianteiras reforça a personalização como diferencial competitivo, seguindo tendências globais em que montadoras oferecem múltiplas opções de design para o mesmo modelo, algo visto em marcas como Hyundai, Kia e até alguns SUVs europeus.
No mercado chinês, o Tiggo 8 enfrenta concorrência de modelos como Haval H6, Geely Boyue, Toyota RAV4 e Volkswagen Tiguan, todos com forte apelo tecnológico e dimensões amplas. A nova geração da Chery aposta em design moderno, telas digitais integradas e motores potentes para se destacar nesse segmento competitivo.
Já no Brasil, o Tiggo 8 Pro compete diretamente com Toyota Corolla Cross, Jeep Compass e Volkswagen Tiguan, onde diferenciais como o conjunto híbrido e o interior minimalista com grandes telas curvas podem se tornar decisivos para conquistar clientes que buscam inovação e tecnologia.
A nova geração do Tiggo 8 na China mostra que a Chery aposta na customização, tecnologia e aumento de dimensões para fortalecer a posição do modelo no mercado asiático e internacional. Embora a versão brasileira mantenha diferenças em design e motorização, a tendência é que a evolução do SUV acompanhe o padrão global, garantindo competitividade e modernidade.
