Rodas, pneus e comportamento dinâmico
As rodas de alumínio fundido em formato “X” calçam pneus de perfil misto — bloco com desenho que prioriza boa estabilidade no asfalto e tração em trilhas de terra e estradas rurais. Na prática, isso dá ao ADV350 a versatilidade esperada: rolar suave nas ruas da cidade e encarar atoleiros leves ou estradas de terra sem pânico. A construção e o conjunto roda/pneu reforçam a proposta crossover do modelo.
Motor, consumo e autonomia: economia real
O motor 330 cc (monocilíndrico refrigerado a líquido) entrega números bem calibrados para um scooter desse porte: potência na faixa de ~29 cv e torque próximo de 31,5 Nm, suficientes para ultrapassagens em estrada e desempenho urbano suave. O consumo homologado em ciclo WMTC é 3,4 L/100 km, o que, com o tanque de 11,7 litros, rende autonomia teórica de até ~340 km — um diferencial prático para quem usa o veículo para deslocamentos longos sem paradas constantes para abastecer.
Eletrônica de segurança: HSTC de dois níveis
A ADV350 conta com Honda Selectable Torque Control (HSTC) em dois níveis, sistema que monitora a diferença de rotação entre rodas e atua reduzindo torque para recuperar tração quando detecta derrapagem da roda traseira. O controle é desligável e tem indicador no painel, e sua presença reforça a segurança em pisos soltos ou molhados — um componente importante para um scooter com pretensões aventureiras. Além disso há ABS e outras assistências que complementam o pacote.
Conforto e praticidade: TFT, armazenamento e ergonomia
A lista de equipamentos inclui tela TFT (com conectividade via Honda RoadSync em versões recentes), generoso compartimento sob o banco (cerca de 48 litros em versões anteriores) e ergonomia pensada para longos trechos: banco a 795 mm do solo e postura confortável para piloto e garupa. A adoção de componentes da família X-ADV se faz notar no comportamento e na sensação de qualidade.
Brasil no radar — quando chega?
A ADV350 é um dos scooters mais aguardados por aqui, porém a Honda ainda não confirmou o lançamento oficial da versão 2026 no Brasil. Historicamente, a linha foi apresentada inicialmente na Europa (como ocorreu com a geração 2025), o que sugere que a chegada por aqui depende de estratégias comerciais e logísticas da fabricante — além de questões de homologação, tributação e posicionamento de mercado. Com o sucesso da gama e preços competitivos em mercados europeus, a expectativa de chegada ao Brasil permanece alta, mas sem prazo definido até comunicação oficial da Honda do Brasil.
Uma Scooter Polivalente em deslocamentos urbanos
A ADV350 2026 conserva o equilíbrio que a tornou uma opção de destaque: leveza relativa para um scooter aventureiro, conjunto ciclístico robusto e eletrônica que aumenta a confiança do piloto. Para quem busca um scooter polivalente — principalmente deslocamentos urbanos com escapadas de fim de semana por estradas não pavimentadas —, a ADV350 entrega pacote atraente: economia real de combustível, autonomia generosa e tecnologia útil (HSTC, TFT, ABS).
No Brasil, a decisão de importação e posicionamento de preço definirá se ela será competitiva frente a concorrentes diretos e opções off-road leves. Até lá, fique de olho nas comunicações oficiais da Honda — e acompanhe o Auto ND1 para notícias, bastidores, avaliações e comparação de preços, versões e primeiros testes assim que o modelo desembarcar por aqui.