| GWM Poer P30 Exclusive e Toyota Hilux SRX e Fiat Titano Ranch — Foto: Renato Durães/Autoesporte |
A briga entre tradição e modernidade está pegando fogo no mundo das picapes. De um lado, a veterana Toyota Hilux — rainha do segmento há quase dez anos. Do outro, duas novatas cheias de tecnologia: a Fiat Titano 2026, agora fabricada na Argentina, e a GWM Poer P30, que acaba de desembarcar no Brasil com produção em Iracemápolis (SP). Mas será que elas têm bala pra destronar a japonesa?
No preço, as novas jogam pesado. A Poer P30 Exclusive custa R$ 260 mil, enquanto a Titano Ranch sai por R$ 285.990. A Hilux SRX, por sua vez, já passa dos R$ 340 mil. Uma diferença de mais de R$ 50 mil!
Nos motores, a Hilux segue bruta com o 2.8 turbodiesel de 204 cv e 50,9 kgfm, mas a Titano chega perto com 200 cv e 45,9 kgfm, agora com câmbio de oito marchas. Já a Poer P30, com motor 2.4 de 184 cv, é a menos potente, mas compensa no conforto e na tecnologia.
Na pista, quem surpreende é a Titano, que faz de 0 a 100 km/h em 10,2 segundos, contra 10,4 s da Hilux e 11,2 s da Poer. Em frenagem, a Poer dá o troco: para em 42,9 m, enquanto a Hilux e a Titano passam dos 45 m.
No barro, a tradição ainda fala alto. A Hilux tem a maior altura do solo (28,6 cm) e é a mais robusta para o trabalho pesado. Já a Poer é a que bebe menos, com 9,5 km/l na cidade e 13,6 km/l na estrada, e oferece o melhor espaço interno.
Quando o assunto é tecnologia, a Poer P30 humilha as rivais: painel digital, multimídia de 14,6", bancos ventilados e carregador por indução. A Titano fica no meio do caminho com bom acabamento e multimídia de 10", enquanto a Hilux mostra a idade — central pequena e visual simples.
No pós-venda, a japonesa ainda é imbatível: peças mais baratas e fama de indestrutível. Já a Poer tem 10 anos de garantia, contra 5 da Titano, o que ajuda a dar confiança a quem ainda desconfia das marcas chinesas.
Veredito:
A modernidade venceu a tradição neste comparativo. A Poer P30 entrega mais por menos — é confortável, tecnológica e bem equipada. A Titano é equilibrada e surpreendeu pela dirigibilidade. Mas a Hilux, mesmo ficando em último, continua sendo a picape da confiança, a que o brasileiro escolhe sem pensar duas vezes quando precisa de força bruta e durabilidade.