Depois de firmar a Chery por aqui, o Grupo Caoa resolveu dar mais um passo ambicioso e apresentou oficialmente a Changan ao mercado brasileiro durante o Salão do Automóvel 2025. A estreia já chega mirando alto: a marca desembarca com a linha premium Avatr, formada pelos modelos 11 e 12 — dois elétricos cheios de luxo e tecnologia. O Avatr 11, por exemplo, é um SUV cupê com autonomia estimada em 700 km no ciclo chinês.
Além da Changan, outras chinesas também aproveitaram o Salão para se mostrar ao público. MG Motor, Denza e Leapmotor dividiram espaço, esta última contando com o apoio da Stellantis, sua proprietária. E a feira ainda marcou a união entre Renault e Geely, que agora formam a “Renault Geely do Brasil” e vão produzir o EX5 EM-i na planta da Renault em São José dos Pinhais.
O retorno do Salão ao tradicional Anhembi trouxe um clima de nostalgia que caiu bem, porque o público anda meio perdido com tanta marca chinesa nova surgindo ao mesmo tempo. Elas são parecidas, mas cada uma tenta puxar o consumidor para o seu lado com design, tecnologia e preço competitivo.
No segundo dia de imprensa, quem tomou a cena foi a Stellantis, com anúncios mais pesados — Peugeot E-208 GTi, Jeep Cherokee e Citroën C5 Aircross — deixando claro que o grupo segue forte no jogo, mesmo em meio à enxurrada das chinesas.
Entre tanta novidade, uma coisa ficou clara: o Salão do Automóvel de São Paulo voltou com força. E, goste ou não da invasão asiática, a chegada da Changan mostra que o mercado brasileiro segue aberto, competitivo e bem diferente do que era até pouco tempo atrás.