Basalt Dark Edition melhora resultados de vendas da Citroën

A linha Basalt 2026, apresentada em setembro, passou por uma atualização mais racional do que revolucionária, já que o produto ainda estava “novo” no catálogo. Mesmo assim, havia pontos incômodos que exigiam correção. O mais citado dizia respeito à sensação de acabamento, e a Citroën tratou de rever o pacote de materiais, elevando a impressão de qualidade percebida — inclusive estendendo o padrão ao C3 e ao Aircross.

O interior agora traz superfícies macias nas portas e na faixa central do painel — em laminado sintético ou tecido, conforme a configuração. As saídas de ar e os puxadores internos ganharam tratamento em preto brilhante, enquanto as versões superiores adotaram forração escurecida no teto e nas colunas.

Outra reclamação clássica era a posição dos comandos dos vidros, instalados entre os bancos dianteiros. O acionamento traseiro finalmente migrou para as respectivas portas, e o motorista passou a controlar os quatro vidros pela própria porta esquerda. Na fileira traseira, as portas USB foram atualizadas para o padrão USB-C e o porta-luvas passou a contar com iluminação em todas as opções da gama.

A central multimídia agora oferece tela de 10,25 polegadas, com moldura reduzida, reforçando a modernização do interior. O pacote de equipamentos também foi ampliado: o Basalt Feel passa a trazer sensor traseiro de estacionamento; o Feel Turbo recebe ar digital automático; já o Shine introduz acabamento com costuras aparentes em tom amarelo.

Dark Edition assume o topo

A gama 2026 perdeu a configuração First Edition e incorporou a Dark Edition como nova variante de topo. O visual caiu bem no desenho do Basalt, com predominância de elementos escurecidos: logo da marca, rodas de liga aro 16 em preto, coluna C e aerofólio também escuros com detalhes vermelhos. O novo tom Sting Gray com teto preto reforça o apelo visual. No habitáculo, o toque esportivo aparece nas costuras vermelhas e em itens personalizados como pedaleiras e soleiras.

O conjunto mecânico permanece sem surpresas — e sem prejuízo. O Dark Edition segue com o motor T200 do grupo Stellantis: 1.0 turbo flex de 130 cv e 20,4 kgfm, acoplado ao CVT que simula sete marchas e oferece modo Sport. O casamento funciona: 0 a 100 km/h em 9,6 segundos com etanol e consumo registrado em torno de 12,1 km/l na cidade e 13,7 km/l na estrada, com gasolina.

Reflexo no desempenho comercial

Se havia alguma hesitação quanto à estratégia adotada para o Basalt, os resultados já indicam aprovação do mercado. Os ajustes e a chegada da Dark Edition impulsionaram a marca, que viu a nova versão responder por 40% das vendas — chegando a 45% em outubro. Até outubro de 2025, o avanço total foi de 33% em relação ao mês anterior, elevando a participação geral para 1,5%. O panorama projeta encerramento positivo para dezembro.

A fórmula combinando estilo compatível com a proposta, bom aproveitamento interno (porta-malas de 490 litros), conjunto coerente de equipamentos e preços inferiores aos concorrentes diretos trouxe retorno. Persistem, porém, limitações conhecidas: apenas quatro airbags, faróis halógenos, ausência de assistências de condução e um motor considerado insuficiente para o porte da versão de entrada.

  1. Citroën Basalt 2026
  2. Feel Turbo 200 AT: R$ 119.990
  3. Shine Turbo 200 AT: R$ 125.990
  4. Dark Edition Turbo 200 AT: R$ 126.990

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