Depois de pesquisar bastante, listar opções e eliminar candidatos, acabei escolhendo o VW Polo Sense 2026 como meu primeiro carro zero quilômetro adquirido com os benefícios destinados a pessoas com deficiência (PCD). E, olhando agora com calma, posso dizer: foi uma boa compra.
Perdi a visão há cerca de 14 anos, mas só recentemente decidi utilizar o direito às isenções fiscais para a compra de um veículo novo. Comecei então uma pesquisa criteriosa, avaliando o que o mercado oferecia em termos de qualidade, custo-benefício, conforto e confiabilidade.
O que eu buscava em um carro
Desde o início, alguns pontos eram inegociáveis:
transmissão automática, motor moderno e econômico, bom desempenho e robustez para enfrentar a realidade das ruas e estradas brasileiras. O carro também precisava ser confortável e ter espaço interno adequado.
Somos uma família de pessoas altas — eu com 1,84 m, minha esposa com 1,73 m e meu filho com 1,86 m — então o espaço interno pesou bastante na decisão.
Os modelos avaliados
Na fase inicial, considerei Fiat Argo e Pulse 1.3 CVT, além de Peugeot 208, Citroën C3 e Basalt, Honda City Hatch LX, Renault Kardian e, claro, o VW Polo Sense. Todos, de alguma forma, atendiam às necessidades básicas e tinham boa reputação no mercado.
Hora de eliminar
Com o avanço da análise, vieram os cortes.
Os Fiat 1.3 CVT eram muito básicos e encareciam demais com opcionais. O Peugeot 208 se mostrou apertado por dentro. Os Citroën não agradaram no design. Já City Hatch e Kardian, mesmo com descontos, ainda tinham preço elevado para o que entregavam.
Cheguei a me interessar bastante pelo Toyota Yaris Hatch, que oferecia bom pacote e preço competitivo, mas o modelo saiu de linha e só encontrei unidades distantes, o que acabou inviabilizando a compra.
Por que o Polo Sense venceu
A decisão final veio pelo conjunto da obra. O Polo Sense oferecia a melhor relação custo-benefício entre os finalistas.
Com preço de tabela na casa dos R$ 108 mil, o modelo, com as isenções para PCD no Estado de São Paulo, saiu por menos de R$ 89 mil. Um diferencial importante foi a lista generosa de equipamentos de série: faróis em LED, painel digital, multimídia VW Play de 10”, chave presencial, partida por botão, piloto automático, paddle-shifts, ar-condicionado com saídas traseiras, quatro airbags, entre outros. Um carro realmente completo.
Motor confiável e conjunto acertado
Outro ponto decisivo foi o conjunto mecânico. O motor 1.0 turboflex EA211, já consagrado no mercado brasileiro, entrega 116 cv e cerca de 17 kgfm de torque, trabalhando em conjunto com a transmissão automática Aisin AQ160, conhecida pela suavidade e confiabilidade.
O Polo também evoluiu bastante em conforto e acerto dinâmico após a reestilização de 2022, mantendo bom nível de estabilidade e segurança.
Detalhes que fazem diferença
Na concessionária, pude escolher entre cinco opções de cores sem custo adicional, algo raro em outras marcas. Acabei optando pelo vermelho metálico. Outro atrativo foi a possibilidade de trocar as calotas pelas rodas de liga-leve por menos de R$ 2 mil, o que ajudou a fechar o pacote ideal.
Quanto paguei e a experiência até agora
Com a cor metálica e as rodas de liga-leve, o Polo Sense PCD ficou em torno de R$ 91 mil e foi entregue em cerca de 20 dias. Hoje, com quase 1.500 km rodados, a sensação é de escolha certa. O carro é resultado de um projeto maduro, testado ao longo de anos na Europa e no Brasil, onde está desde 2017.
Mudanças na lei PCD podem melhorar ainda mais
As novas regras em discussão para o público PCD podem tornar esse tipo de compra ainda mais vantajosa. O teto para isenção total de IPI e ICMS pode subir de R$ 70 mil para R$ 100 mil, o que reduziria ainda mais a carga tributária em modelos como o Polo Sense. Se aprovadas, essas mudanças tendem a ampliar o acesso a veículos mais completos e seguros.