Ataque hacker à JLR pode gerar prejuízo recorde de R$ 14 bilhões

 

foto: Divulgação: Autoesporte

Um ciberataque de grandes proporções paralisou por cinco semanas as fábricas da JLR — grupo que reúne Jaguar e Land Rover — e deve causar um prejuízo histórico estimado em R$ 14 bilhões. Analistas consideram o episódio o mais caro da história do Reino Unido.

O ataque, ocorrido no início de setembro, afetou cerca de 5 mil empresas ligadas à cadeia de suprimentos da fabricante. A paralisação atingiu inclusive a planta de Itatiaia (RJ), responsável pela produção nacional dos modelos Range Rover Evoque e Discovery Sport.

Segundo o Centro de Monitoramento Cibernético (CMC), organização britânica especializada em segurança digital, a ofensiva virtual teria custado à JLR cerca de 1,9 bilhão de libras esterlinas — valor que pode se tornar o maior prejuízo já registrado por um ataque do tipo “ransomware” no país.

Em nota oficial, a JLR informou apenas que segue retomando gradualmente as operações e que “mantém total comprometimento com a normalização da produção”. Especialistas, no entanto, acreditam que a plena recuperação das fábricas deve ocorrer somente em 2026.

Ataque e consequências

A ofensiva forçou a JLR a desativar toda a sua rede de tecnologia da informação no fim de agosto, suspendendo a produção global. Embora a empresa não tenha detalhado o incidente, um grupo de hackers teria reivindicado a autoria do ataque, prática comum em esquemas de ransomware — quando criminosos sequestram dados e exigem resgate em criptomoedas.

A Deep Specter Research, startup de cibersegurança, revelou que havia alertado previamente a JLR sobre o risco de invasões, mas o aviso não evitou o colapso.

O retorno das linhas de produção começou apenas em 8 de outubro, com a reativação dos centros de motores e baterias em West Midlands. As unidades de Castle Bromwich, Halewood e Solihull, no Reino Unido, além da fábrica da Eslováquia, também iniciaram retomada parcial das atividades.

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