Mercado automotivo brasileiro cresce e bate recorde histórico com avanço de marcas chinesas

O mercado de automóveis no Brasil vive um de seus melhores momentos dos últimos anos. De janeiro a abril de 2025, o setor registrou o melhor desempenho desde 2008, impulsionado pela recuperação econômica parcial, ampliação da oferta de veículos e, sobretudo, pelo avanço de marcas chinesas, que vêm conquistando espaço em ritmo acelerado.

Fiat segue líder

A Fiat manteve a liderança, com cerca de 21% do mercado nacional nos primeiros quatro meses do ano. Modelos como Strada, Argo e Pulse seguem entre os mais vendidos, consolidando a marca italiana como referência em volume.

Volkswagen e Chevrolet

A Volkswagen voltou a crescer e assumiu a segunda posição, impulsionada por vendas do Polo e do T-Cross. Já a Chevrolet, que historicamente disputava a ponta, perdeu fôlego e vem registrando queda, principalmente após dificuldades de produção e menos lançamentos competitivos.

Força das marcas chinesas

As chinesas BYD e GWM são as maiores novidades do setor. Com preços agressivos, design atualizado e forte presença no segmento de SUVs compactos, conseguiram ultrapassar montadoras tradicionais como a Nissan.

Esse movimento reflete uma mudança estrutural: consumidores passam a considerar marcas antes vistas como “novas” no país, em busca de melhor relação custo-benefício.

Eletrificação em alta

O crescimento do mercado também está ligado ao avanço de carros elétricos e híbridos. Hoje, a participação ainda é baixa, mas já há projeções de que até o fim de 2025 esses veículos possam representar até 10% das vendas totais.

Lançamentos programados incluem desde SUVs híbridos até elétricos de entrada, em valores ainda acima da média do consumidor, mas com tendência de queda no médio prazo.

Crédito mais caro

O desempenho positivo, porém, enfrenta desafios. A alta da taxa Selic torna o crédito mais caro, encarecendo financiamentos e podendo frear a demanda por veículos novos. Como 70% das vendas dependem de financiamento, esse fator será decisivo para a continuidade do crescimento.

Cenário para 2025

O setor deve se manter aquecido no curto prazo, mas precisa lidar com a competição global e os custos locais de produção e importação. Especialistas destacam que a disputa entre montadoras tradicionais e novos players chineses tende a redefinir o mercado brasileiro até o fim da década.
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