
A decisão ocorre no contexto de reestruturação global da Nissan, motivada pela grave crise financeira enfrentada pela marca e pela necessidade de otimizar sua capacidade produtiva na região.
Produção será concentrada no México
Com o fechamento da operação argentina, a produção da Frontier será transferida para a fábrica de Aguascalientes, no México, que assumirá o fornecimento de toda a América Latina a partir de janeiro de 2026.
Até então, o modelo era produzido no país norte-americano na unidade de Morelos, que também será desativada. A mudança faz parte de um processo de centralização de produção, visando reduzir custos e ampliar a eficiência industrial.
A Nissan confirmou ainda que a nova fase da Frontier virá acompanhada de um facelift, com mudanças no design e melhorias tecnológicas. O visual seguirá a nova identidade global da marca, já vista em modelos como o Nissan Kicks de nova geração.
Impacto no mercado brasileiro
No Brasil, a Frontier seguirá sendo vendida normalmente até a chegada da nova versão mexicana. Em nota enviada à Autoesporte, a Nissan do Brasil afirmou que há estoque suficiente e que o atendimento aos clientes não será afetado.
Com isso, o lançamento da nova Frontier no Brasil deve ocorrer ao longo de 2026, junto com outras novidades da fabricante japonesa, como o novo Versa e o Sentra reestilizado, ambos também importados do México.
Renault Alaskan também chega ao fim
O encerramento da produção da Frontier impacta diretamente a Renault Alaskan, picape irmã construída sobre a mesma plataforma. Produzida na mesma linha em Córdoba, a Alaskan também deixará de ser fabricada e não será transferida para outro país — marcando o fim definitivo do modelo.
A Alaskan chegou a ser cogitada para o mercado brasileiro, mas o lançamento nunca se concretizou. Com isso, a Renault continuará atuando no segmento apenas com a Oroch, enquanto prepara o lançamento da Niagara, picape inédita que será produzida justamente na planta argentina de Santa Isabel, que agora se despede da Frontier e da Alaskan.
Contexto global
A Nissan havia planejado inicialmente desenvolver uma versão própria da Niagara, mas o projeto foi cancelado diante da nova estratégia global de redução de custos. A decisão reforça a tendência de racionalização de plataformas e produção regionalizada — uma resposta direta às pressões financeiras que a marca enfrenta desde a pandemia.
Com o México assumindo o protagonismo, a Nissan busca garantir competitividade para a nova Frontier e manter sua relevância em um segmento cada vez mais disputado, com rivais como Toyota Hilux, Ford Ranger, Chevrolet S10 e VW Amarok.